Como melhorar espiritualmente e encontrar razões realmente fortes pra seguir caminhando e que, ao mesmo tempo, alimentem minha alma e minhas convicções? É fácil demais viver de luxúria, prazeres e deslizes, mas quando se decide olhar pra dentro de si, lá estão as perguntas aguardando as respostas.

Claro que todos querem a paz interior, mas estamos mesmo procurando? Particularmente ando meio desligada de meus afazeres e dando uma espécie de trégua pras obrigações. Precisei me afastar de tudo pra ver se me adaptava a um mundo mais desligado, mais agitado, menos sadio e talvez, mais medíocre.

Mas a busca interior deve ser constante, disso eu tenho certeza. Não dá pra tirar férias de nossas reformas e melhoras íntimas. É necessário saber voltar pro prumo, colocar a vida nos trilhos e enxergar o que vem depois da ressaca. Minha necessidade de entendimento de mim mesma é maior do que tudo e nesse processo, não posso nem pensar em descuidar das minhas necessidades espirituais. Manter o espírito em paz é uma obrigação diária e precisa ser constante.

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O absurdo dói - e passa.
O abuso corrói - por dias.
O absurdo se vê com os olhos.
O abuso se sente com a alma.
O absurdo é espetáculo, escândalo, show pra multidão inquieta.
O abuso é tortura silenciosa e pálida.

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Quando uma mulher enfurece ela enlouquece. E tudo fica desmedido. Os pensamentos giram e o enlouquecer ganha contornos, formas, cheiros... e justificativas... E fica cada vez mais difícil recuperar a doçura que antes ocupava os pensamentos. E vem a sombra corrosiva da amargura e da raiva... Daí desse ponto para o abismo da saudade e o inferno dos silêncios é só uma questão de dias... talvez horas.

Quando uma mulher enfurece ela simplesmente esquece. Se perde. Abre trilhas sem volta. Já não caminha apenas correr entre um braço e outro... E faz da paz um sentimento chamado: espaços preenchidos. Não cultiva flores, apenas tira delas o que elas tem de melhor a oferecer. Viagem de autodescoberta rumo ao precipício.

Quando uma mulher enfurece ela simplesmente... cresce. E então qualquer lugar aquece. E quando ela percebe que fez o que tinha mesmo que ser feito, ela já não enlouquece. E simplesmente se diverte. Aquece. Entorpece. Esquece. E assim se salva durante alguns minutos. Então adormece. Cá entre nós... ela merece.

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Dolorosamente ansiosa.
Sensivelmente ciumenta.
Particularmente engasgada (com vozes paradas entre o coração e a garganta).
Com a vontade do mundo (de ligar, ouvir, chamar, de ser, estar, permanecer).
Sinceramente desacolhida.
Seriamente dividida.
Severamente pensativa (porque ainda tem tanto dentro de mim?)
Envergonhadamente menina (revirando frases antigas)
Absolutamente entregue.
Despretensiosamente ruborizada, deixando o dia clarear e a noite lavar.
Impetuosamente saudosa.

Mais que aflita. Afoita.

Com o medo injustificado das crianças. E a certeza cega dos adultos. Rezando ao contrário, como quem solta segurando.

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Houve os silêncios, os textos, os tempos, os vazios enormes, os amanheceres, as partidas, os nadas... Houve ainda as horas, as insinuações, as verbalizações, as esperas... mais horas, mais tempos, mais silêncios, mais amanheceres...

E daí...

Foi-se a coragem de uma Camila muito mais desinibida, atrevida, sincera e falante. Calou-se a menina que adorava adorar, falar sem pensar, doar. Calaram-se vozes inquietas... todas arrependidas, perplexas e infinitamente exaustas.

Tomou conta a cautela, o medo, o sentimento amargo que a vergonha causa, o pisar em ovos, o equilíbrio, a chatíssima sensatez, a quadradíssima ponderação.

Crescer é chato, cansativo e definitivamente desestimulante. Crescer e deixar pra trás minha porção mais deliciosa e isso é algo cinza demais pra eu conseguir aguentar.

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Volta... dentro de mim tudo revira quando vem o seu nome. Você revira, pulsa, palpita, existe em mim. Não faço ideia de como não pensar em você.

Explica essa inundação de desejo aqui dentro. Que sobe e arrepia quando você "tem o seu cheiro". Explica essa sede. Essa vontade de ser sua. A sua. De ser seu mundo, sua vida, seu primeiro pensamento do dia. Explica porque só balanço assim com você.

Explica ter você aqui dentro. Explica esse não-sei-o-que de saudade. Explica essa esperança. Meu ciúme. Minha fragilidade. Explica esse "ainda" em mim.

Explica pensar tanto assim. Explica o desassossego pulsando. Explica os rompantes no meio do dia. Explica ser tão dolorosamente apaixonada por você e sofrer te vendo sem mim, com suas portas todas fechadas.

Dentro de mim corre uma saudade absurda de você. Uma saudade forte, intensa, que quase dói. Me chama. Me procura. Me deseja, me queira com você. Peça que eu seja sua.

Me queira.

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Sou aprendiz de mim. Só aprendo quando erro. Águas revoltas batendo em minhas pedras. Mas as águas batem, fazem alvoroço e depois, escoam, levando tudo de volta ao lugar. E dele vem a calma. Vem a voz macia. O amor carinhoso.

Vem a Pequena, o Amor da vida dele. Amo a doçura da sua voz quando me acalma. Amo caber nos seus braços sobre medida pra mim. Amo cuidar de você, amo ter encontrado a paz, que chegou quando minha vida disse sim para a sua.

Hoje o amor transbordou às bicas... e nem todos os abraços do mundo foram suficientes... chorei feito criança na rodoviária. Voltei para os braços dele.

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Seja meu nos momentos em que seu corpo quiser habitar o meu.... E deixa o resto do mundo pra depois, pra bem mais tarde.... Pra depois que passarem os aviões...

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Deixe-me ir. De uma vez, rápido, definitivo e cortante. Por mais que nossas vidas se cruzem, elas não se encaixam, não se encontram.... E fica a sede, a dúvida, os pensamentos vagos e infundados, as esperas absolutamente desgastantes e letais. Pela primeira vez, tome uma atitude verdadeiramente sincera em relação a nós: vá embora. Dê a mim, finalmente, uma prova real do seu dito respeito: parta. Arranque tanto peso de dentro do meu coração. Leve suas coisas pra longe pra que eu enfim consiga tentar te desencaixar de mim. Eu te contei segredos.... Deixei meu corpo a seus pés.... Como a vida pode ser assim? Como se sobrevive a isso?

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Definitivamente 2013 foi o ano da minha vida. Coisas q pros outros são pura balela, p mim foi superação. E eu que achava q 2013 seria repleto de perdas, só ganhei. Amigos, amores, conhecimento, auto confiança, sorrisos, melhoras pessoais q eu nem supunha q precisava. O ano em que achei q morreria, foi meu ano de renascer e florescer. A Camila que eu adoro ser finalmente veio morar aqui. Nesse processo eu vi muita coisa... senti muitas outras... e 2013 nunca mais vai sair de mim. Quando me diziam q a força estava dentro de mim eu duvidava .... mas ela estava... e está. E eu sou uma mulher melhor a cada dia. Todo mundo encontra suas saídas em algum lugar... e de pedaço em pedaço lá estava uma Camila renovada... a mesma Camila... e entendi enfim que quem estava no lugar errado era a outra Camila... aquela que chorava por não se sentir pertencente "àquele" lugar... O dia clareou e a  paz se sentiu pronta pra dormir comigo outra vez. Sim, sim. Houve muletas. Confesso minha meninice. Houve. Mas agora é bonito olhar pra trás e conseguir dar adeus a elas. O gosto das conquistas de 2013 é visível nas curvas renovadas da minha silhueta... no platinado dos meus cabelos renovados... Por dentro mais foco e determinação. Dar ao tempo sua importância de atuação. Saber se recolher quando corpo e mente pedirem. Saber que logo ali tem uma pista de dança e que se jogar é preciso. Acreditar em si mesma sempre e lembrar que foi minha fé em mim que me sarou e me melhorou.

Sem rosto. Sem formas. Sem coração. Ligando os pontos formou-se a imagem clara do q sou p ele agora: um espaço prensado no tempo. Naqueles minutos de isolamento, ele dirige meia dúzia de bobagens a mim... migalhas... não quero mais. Hoje ele falou em "só ver nao vira..." falou ainda em "endereço do hotel"... não quero mais. Aquela coisinha pequena e persistente q insiste em morar em mim, hj morreu mais um pouco. Não era amor do lado de la. Não quero mais... não quero mais esperar... me enganar.... acreditar.. não quero mais.. já perdi anos fazendo isso.. não adianta mais. indo dormir agora....

Tem noites q tem mais saudade do q sono... Tem noites q falta Vc me tocando... me beijando.... me lambuzando.... tem dias inteiros em q falta Vc.... nossas trocas, nossas descobertas, nossos abraços e nossas certezas.... aquele calor q so o seu corpo tem... qdo cola com o meu.... Hj eu precisava de um beijo seu. Precisava ver os seus olhos fechando, nossos corpos se abraçando e a você entrega dos nossos lábios.... sua boca quente.... sua mão na minha cintura.... outra na minha nuca.... sua boca é inesquecível.... nos dois juntos é inesquecível Eu quero você. Quero tentar De novo. Quero recomeçar. Quero redescobrir nosso amor dentro da gente.
Eu sou sua. Me sinto sua. Sinto coisas com Vc que so sinto com Vc. Te esperei tanto.... lutamos tanto.... rolaram tropeços, desacertos, mas Td fica pequeno qdo penso no amor q existiu entre nos. Ainda é tudo seu em mim. Sou sua. Sempre. Pra sempre.

Tem você na rua, dentro dos carros, tem você na linha reta fazendo estragos que eu gosto de sentir. Gosto da febre, dos tremores nas mãos. Do esmorecer. Gosto de infinito com hora marcada pra acordar. Gosto da sensação do fim do mundo, rua sem saída, página virando. Tem você nas curvas da minha cintura, no meu olhar malicioso, na última gota do meu copo. Tem você na minha febre, na minha excitação, na minha imprudência perfeita

Ele é a pergunta pras minhas respostas ele é o corpo eu gosto sensação de flutuar descalça notícia de luz do fim do mundo eu moro só a queda livre a certeza de que existe vida posando em mim a saudade sem cura o caminho sem volta pode reter

Me perdoei. Repassei as cenas e vi onde eu poderia ter sido  mais madura. Cresci na marra. Não é mais ferida aberta sangrando... mas é cicatriz. E cicatriz é uma coisa boa pois sempre que olhamos lembramos do ocorrido. Dentro de mim existe calma e resiliência. De resto, que o destino se encarregue. Meu tempo agora é outro. Meus sabores são outros. Minhas respostas são outras, não importando mais quais são as perguntas.

Desculpe o atrevimento...mas Td nasceu de um atrevimento... então ta valendo. Acordei com saudade De acordar c Vc. Te abraçar e ficar na cama abraçada. Fazendo carinho até levantar. Acordei c saudade do seu cheiro, do som da sua risada, saudade das suas costas... do seu peito... das suas pernas... dos seus braços. Ahhhh os seus braços... tantas vezes contra a parede... eu, vc... seus bracos me segurando pelos ombros. Acordei c vc saindo pelos meus poros. Vivo... presente... profundo. Como sempre...Como será... pra sempre. Mãos na cintura... nos quadris... nos cabelos. Boca na nuca... nos lábios... em todos os lugares escondidos... fosse a hr q fosse... a gente perdia a noção um dentro do desejo do outro. Acordei c saudade do seu gosto, dos seu suor, do seu sal... do seu sol... do brilho nos olhos... da alegria... saudade dos seus pêlos, da sua pele, do seu rosto... saudade das batidas do som do carro... das batidas dos nossos corações... Acordei respirando seu ar... Inspirando seu cheiro... expirando saudade... suspirando... suspirando... o que é doce, o que ficou, o que não passa.

21 de outubro + Daqueles que quiseram me levar daqui +



Posso te explicar o mundo?
Não. Obrigada.

Minha maturidade hoje permite que haja menos devaneios dentro de mim. Ela me faz mais dura. Mais cabeça dura. Faz de mim alguém um tanto quanto resiliente inclusive. Não peço mais explicações sobre lições que não faço mais questão de aprender. Ou aprendo pela osmose, ou não aprendo. E que se vá. Assim como as lamúrias antigas. 

Venha, deixe sua marca bonita em minha vida, ensine ou aprenda algo, beba o quanto quiser da minha bebida e vá embora. E por favor, não cobre de mim nada mais que isso. 

Em cima dos meus saltos e por baixo dos meus vestidos curtíssimos o platinado dos meus cabelos denuncia o que pode ser tocado e o que não. Toque minhas pernas, meu rosto, minhas mãos, mas jamais toque meu coração. E acostume-se. Não há caminhos para eu te ensinar. 

Darei pequenas doses do meu tempo, talvez alguma atenção madrugada adentro, um carinho esporádico ou um gole generoso do meu sorriso. E só. Nada mais. 

Sem jogos, sem enlaces, sem complicadores nominais, apenas momentos. Gotas, jamais litros. Não adianta insistir e nem me chamar de egoísta. Isso só me afasta. Não adianta. Eu não abro mais as janelas. 

***

Esse 21 de outubro está com um sabor tão esquisito. Admito que fico meio perdida quando não sei direito em que caixa acomodar as coisas que passeiam dentro de mim. Quando paro para analisar 2013 falo de crescimento e superação (reais, com certeza), mas fica tão piegas... A verdade é a que sangra e não a que é pura balela. Ouvi tanta coisa nesses últimos tempos que decidi simplesmente aceitar como verdade e só.

É verdade? Não sei. 
Aceitei? Sim, pois era só o que eu podia fazer a respeito. 
Desceu pela garganta? Sim, mas como falei... com um sabor esquisito. 

Há alguma coisa que eu possa fazer além de pequenos grandes suspiros pela madrugada?  Não. 

Começo a ponderar então sobre como agir diante da única coisa que - de fato - está em meu poder.

***

"Não precisa falar
Nem saber de mim...
Nasceram flores num canto de um quarto escuro
Mas eu te juro,
São flores de um longo inverno"

Otto
6 minutos