13 de dezembro + Nos braços Dele +


Ao final da noite, além daquela felicidade declarada, o que eu sentia era sono... que pouco a pouco entregava minha pouca condição, minhas reações lentas e desconexas...

De braços abertos ele me acolheu em seu colo
transformando seu peito em morada

Eletrificou meu corpo, pêlos e já não senti mais frio
Nem sono

De costas bem eretas meus olhos bateram nos dele tentando mostrar alguma resistência aquele laço que se formava ao meu redor. Inútil tentativa. Tão veloz quanto minha intenção eram os lábios e de adormecida, despertei de súbito.

Quis as mãos, a textura, os sentidos... O som cortante da voz sussurrada. Todos aqueles pedidos velados, as palavras rabiscadas em nossas entrelinhas, a respiração ofegante e o suspiro longo pedindo por mais uma dose - da mesma bebida.

Enquanto os pêlos da barba roçavam até a última linha do meu corpo, meu atrevimento o puxava pra perto. Queria aquela pressão sobre meus lábios, paralisando meus sentidos.

Fico com esse gosto em mim quando a noite - insistente - simplesmente não termina.

Enquanto acendo.
Enquanto durmo...

Nos braços dele.
No colo dele.
Com ele...

... em mim.

Não importa qual a direção a seguir, desde que o encontro seja iminente e nossos braços e colos, nossos destinos.